Lebiste Selvagem

Recentemente ganhei alguns exemplares de lebistes selvagens (Poecilia reticulata) de um aluno meu, que os coletou em um córrego próximo ao nosso bairro. Levei a maioria para escola onde leciono, os acomodei em um aquário no laboratório, selecionei um trio (um macho e duas fêmeas) par mim e os coloquei no meu aquário comunitário.

Por serem resistentes, não costumo fazer todos aqueles monitoramentos da água (GH, KH, Amônia, Nitrito e Nitrato), utilizo anti-cloro, testo apenas o pH esporadicamente e realizo trocas parciais de água, quinzenalmente. Costumo alimentá-los pela manhã com ração em flocos, no meio do dia com ração extruzada e no fim do dia vario entre as opções (pequenos pedaços de gema de ovo cozido ou ração de cachorro esfarelada ou pequenas minhocas, etc). Também costumava tratar assim os lebistes de linhagem que tive, viveram muito tempo e criavam sem parar, tive várias gerações deles.

Trio de Lebistes selvagens

Esta espécie antigamente era chamada de Lebistes reticulatus, hoje é chamada pelo nome científico citado no início dessa postagem. Estão adaptados a viver em ambientes desfavoráveis a maioria das outras espécies, suportando mudanças rápidas de temperatura, como em pequenas poças e também pobres em oxigênio, vivem próximos a superfície, onde é mais oxigenado e há larvas de insetos, da qual se alimentam vorazmente, por este motivo é muito utilizado no combate a mosquitos e pernilongos como o Aedes aegypti. Assim é comum encontra-los até em valas próximas as cidades onde as águas são contaminadas com vários tipos de despejos. É a espécie ideal para os iniciantes, por serem resistentes, bonitos e prolíficos, são vivíparos e rapidamente enchendo seu aquário ou o ambiente onde estiverem.

Lebiste selvagem macho